quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Testamento Espiritual da Alma

"Tendo registrado em arte e beleza cada passo meu na minha passagem por esta vida, nem por isso me sinto pronta para partir, e dói-me saber a morte tão próxima. A razão disso é que não posso conceber belezas maiores do que as que me foram prodigalizadas pelo Destino e as que eu mesma construí ao longo dos meus breves 35 anos. Desde já a saudade deste Pampa, deste horizonte infinito, destes poentes gloriosos, a memória amada de meu Vati, de minha difícil e não menos amada Açoriana, do meu adorado irmão Rodo, de minha irmã Lucia e dos meus fiéis Matilde e Galdério, do casarão assombrado de memórias muito antigas, a peonada e as trabalhadoras da vinha, meu jardim, meu bosque, minha macieira sagrada do pomar, o poço da cascata... tudo isso me dói como um segundo exílio, peregrina perpétua que me sei, que só pude cantar a minha alma, conquanto suspeite que assim cantei o Mundo..." (Alma Welt)

"Having registered art and beauty in every step through this life, I am not yet ready to go, and it hurts me to know so close to death. The reason is that I can not conceive more beauty than have been so offered by Fate and also that I built myself during my brief 35 years. As long as the nostalgia of Pampa, this infinite horizon, these glorious sunsets, the memory of my beloved father and no less beloved but difficult mother Azorean, Rodo my beloved brother, my sister Lucia and my faithfuls Galdério and Matilde, the haunted house of memories from long ago, the gauchos and the maids in the vineyard, my garden, my wood, the sacred appletree in the orchard, the well of the cascade ... all that hurts me as a second exile, perpetual pilgrim, I know, I could only sing my soul, though suspect so I sang the world ... "(Alma Welt)

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