sábado, 23 de março de 2013

Um Covil de Bandidos (mini-crônica de Alma Welt)


Um ano antes do Vati* morrer, uma manhã, no casarão, me aproximando da biblioteca de meu pai, parei atrás da porta e fiquei escutando o diálogo dele com meu irmão Rodo. Ele dizia: "Rudolf, meu filho, você me diz que esse senador que te telefona a toda hora tu conheceste numa mesa de poquer? Pára com isso, meu filho! Tu precisas parar de andar com esse sujeito. O Senado da República é um covil de bandidos. Tu precisas parar de andar em más companhias!" Rodo ouviu calado e então disse: "Sim, Vati. Não me custa. Depois, ele não blefa, o que é normal, mas sim rouba descaradamente no jogo. Os companheiros brincam que é preciso esconder as carteiras quando ele chega... " (Alma Welt)

domingo, 10 de março de 2013

“Discute-se a crise energética no mundo todo, e cogita-se em fontes alternativas de energia. Entretanto, como Dante Alighieri enunciou que “o Amor move o sol e as outras estrelas”, tomo ao pé da letra que a questão energética poderia ser resolvida pelo Amor, qualquer que seja a maneira de entendermos sua forma de atuação.” (entrevista com Alma Welt)
“Quando guria eu vivia em lágrimas pela beleza de quase tudo. Uma irmã me chamava de “manteiga derretida”, a outra me abraçava ternamente, condoída. Nenhuma das duas podia realmente me compreender. Minha mãe, a bela Açoriana, abanava a cabeça. Meu pai, o Vati, me observava calado, eu não precisava me preocupar, ele me conhecia...” (entrevista com Alma Welt)