quinta-feira, 20 de março de 2014

De Herodes a Pilatos (crônica de Alma Welt)

"Um dos episódios mais curiosos do Evangelho, é que o Poncius Pilatos, representando a "justiça romana" não viu perigo nenhum em Jesus e tentou descartar-se de julgá-lo, enviando-o a Herodes, que o mandou de volta a Pilatos. Então diante da pressão dos sacerdotes do Templo, Pilatos ainda acolheu a idéia de fazer o povo escolher entre Barrabás e Cristo. Tendo o povo escolhido Barrabás, um ladrão ...(o povo sempre escolhe ladrões), lavou a mão do sangue daquele "justo". Fica claro que os romanos não viam perigo num homem que dizia sobre os impostos: "Dai a Cesar o que é de Cesar (e a Deus o que é de Deus)". Cristo não era político. Era superior demais para deter-se sobre a questão política, sempre sórdida afinal..." (Alma Welt)

O piano romântico de meu pai

"Quando muito jovem, voltando para casa depois de um passeio pela coxilha ouvi o som do piano de meu pai tocando um peça de Chopin. Um certo trecho daquela música maravilhosa me deu a súbita consciência de minha própria alma romântica. Nunca mais a reneguei, apesar da minha tendência inata à ironia, que muito tempo depois percebi ser um ingrediente não desprezado pelos melhores românticos, sobretudo os alemães, meus antepassados..." (entrevista com Alma Welt)