sábado, 23 de março de 2013

Um Covil de Bandidos (mini-crônica de Alma Welt)


Um ano antes do Vati* morrer, uma manhã, no casarão, me aproximando da biblioteca de meu pai, parei atrás da porta e fiquei escutando o diálogo dele com meu irmão Rodo. Ele dizia: "Rudolf, meu filho, você me diz que esse senador que te telefona a toda hora tu conheceste numa mesa de poquer? Pára com isso, meu filho! Tu precisas parar de andar com esse sujeito. O Senado da República é um covil de bandidos. Tu precisas parar de andar em más companhias!" Rodo ouviu calado e então disse: "Sim, Vati. Não me custa. Depois, ele não blefa, o que é normal, mas sim rouba descaradamente no jogo. Os companheiros brincam que é preciso esconder as carteiras quando ele chega... " (Alma Welt)

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