domingo, 20 de novembro de 2011

Minha amiga Anita (de Alma Welt)

Quando chego em casa depois de alguma viagem mais longa, sinto que o Tempo, aqui, na estância, passa de maneira muito lenta, ou simplesmente é imóvel e contém todas as épocas do nosso Pampa, imutável em sua essência. Por isso convivo com os farroupilhas, na verdade seus espectros saudosos de sua glória passada, de sua saga imortal... É claro que já me tacharam de delirante, ou sonâmbula, por me verem vagar à noite no casarão, no jardim, na coxilha. Mas eu lhes garanto que Anita Garibaldi é minha amiga, aparece para mim e me fala de seu amor, de suas aventuras e de sua dor de ter morrido tão longe daqui ou de sua Laguna, conquanto na terra do seu amado Giuseppe, o herói que a tornou também uma heroína de dois mundos... (Alma Welt)

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