quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Os segredos da biblioteca de meu pai

"Ainda quando criança, eu costumava entrar na biblioteca de meu pai, escondida, quando ele não estava em casa, para olhar as lombadas dos livros e descobrir alguma coisa espantosa, uma espécie de segredo camuflado. Bem... quase tudo o era. Eu retirava aleatoriamente ou pelo titulo sugestivo, somente um deles da estante, de cada vez, e o folheava a esmo lendo algum parágrafo. Era como olhar por uma fresta, o mundo se abria. Eu iria ler tudo, eu me prometia. E eu iria escrever também, porque não poderia haver nada mais secreto. E os segredos, me parecia, eram feitos para serem descobertos por pessoas como eu, que prometia passá-los adiante sem traí-los..." (Alma Welt)

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