segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O Horizonte Vermelho - mini-crônica de Alma Welt

"Quando eu era guria, ainda em Novo Hamburgo, antes de nos mudarmos para o Pampa, para a estância, nosso quintal terminava num alto muro, que era todo o meu horizonte. Para além do muro, eu e Rodo, pequenos aventureiros, acabamos por descobrir que era o quintal de uma casa suspeita, de luz vermelha. Contei isso num pequeno conto. Mas o que quero agora lembrar é como o meu primeiro poente vermelho num horizonte distante, sem fim, mudou minha alma, como que descomprimindo-a, alargando-a. A alma... é como a água que toma a forma do vasilhame que a contém. Devo, pois, reconhecer que a Poesia já estava em mim, no meu limitado jardim que acabava no muro..." (Alma Welt)

Nenhum comentário: